Outra coisa a considerar é que ao
ir às denominações para se alimentar, há o risco de ficar confuso e até mesmo acabar
absorvendo o erro. Se não estivermos bem instruídos na verdade (o que é
compreensível quando somos jovens), nós podemos, e muito provavelmente iremos, assimilar
inadvertidamente algo errôneo. A Escritura diz, “Não vos enganeis: as más
conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15:33). Isso foi
dito aos Coríntios, no contexto em que eles tinham absorvido uma doutrina muito
errada quanto à ressurreição. Não devemos ser ingênuos a ponto de pensar que
isso não pode acontecer conosco. Precisamos beber do poço “sabendo
de quem o tens aprendido” (2 Tm 3:14).
Alguém poderia perguntar: “E quanto
a ler e escutar o ministério de homens dotados sem ir às denominações? Será que
não podemos aproveitar algo do ministério oral ou escrito deles?” Acreditamos
que não é nosso papel legislar sobre o que os congregados ao nome do Senhor
fazem a esse respeito. Há coisas que podem ser de ajuda em livros de ministério
escritos por aqueles que não estão reunidos ao nome do Senhor, mas precisamos
ter cuidado com o que lemos.
Um princípio que pode nos guiar a
esse respeito encontra-se em Números 31:21-24. “E disse Eleazar, o
sacerdote, aos homens de guerra, que partiram à peleja: Este é o estatuto da
lei que o Senhor ordenou a Moisés. Contudo o ouro e a prata, o cobre, o ferro,
o estanho, e o chumbo; toda a coisa que pode suportar o fogo fareis passar pelo
fogo, para que fique limpa: todavia se expiará [purificará – ARA] com a água da
separação: mas tudo que não pode suportar o fogo, o fareis passar pela água.
Também lavareis os vossos vestidos ao sétimo dia, para que fiqueis limpos: e
depois entrareis no arraial”.
Havia coisas valiosas entre aqueles
que não estavam com os filhos de Israel. Os israelitas foram autorizados a
levá-las para o arraial, mas eles tinham que passá-las pelo “fogo”, ou o que não poderia passar pelo fogo,
[deveria passar] pela “água”. Como fogo fala
de juízo e água de purificação, devemos aprender com isso que se lermos coisas
escritas por aqueles entre os grupos divididos dos irmãos, ou daqueles em uma
posição denominacional, devemos julgar a conexão a partir da qual eles vieram
e, assim, desassociá-la de sua fonte. O que estamos dizendo é que precisamos
ter o cuidado de desconectar as verdades espirituais que obtivemos da posição
eclesiástica errônea na qual elas estão sendo ensinadas. Se isso não for feito,
esse ministério poderá ter o efeito de nos atrair para o lugar de onde veio.
Aqueles que consomem o ministério de pastores e ministros de igreja, e depois
acabam em uma dessas denominações, mostram que eles possivelmente estavam lendo
esse ministério sem desconectá-lo de sua fonte. Usando as próprias palavras da
figura mencionada, eles não o passaram pelo “fogo” e pela
“água”. Lembremos que não existe ministério no “arraial”
(Hb 13:13) que levará uma pessoa a sair do arraial; a tendência é o inverso. É
por isso que dizemos que uma pessoa precisa ter cuidado a esse respeito.
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